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São Paulo chega aos 465 anos mais voltada para o cidadão
Em dez anos, a cidade de São Paulo ganhou 23 estações de metrô, 498,3 quilômetros de ciclovias e ciclorrotas e 17 vias abertas para pedestres aos domingos
A cidade de São Paulo chega aos 465 anos com cidadãos mais participativos, conscientes e com mais mobilidade. Em uma década, os paulistanos contam com mais opções de transportes, lazer e espaços públicos.
Em agosto de 2009, quando completava 455 anos, a capital paulista ainda dava início ao plano de expansão das linhas de metrô. Nestes dez anos, 23 estações das linhas 2-Verde, 4-Amarela e 5-Lilás foram inauguradas, considerando os terminais ampliados para integração.
Hoje, somente as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e o monotrilho da Linha 15-Prata, que são as diretamente administradas pelo poder público, contam com 64,7 quilômetros (Km) de extensão e 58 estações.
A linha 4-Amarela, operada pela Via Quatro, possui 11,4 km de extensão e 10 estações. A linha 5-Lilás, administrada pela Via Mobilidade, conta com 20 km e 16 estações. Em 2009, somando todos os terminais existentes na época, a extensão era de 61,3 Km.
Além da maior malha ferroviária, os paulistanos também contam com mais opções de locomoção, como bicicletas e patinetes. “Essa é uma demanda recente e está aumentando. A adaptação de infraestrutura voltada para essas modalidades também está crescendo”, diz o professor de urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Luiz Guilherme Rivera de Castro.
A primeira ciclovia implementada na cidade foi em 2014. Atualmente, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), São Paulo tem 498,3 km de vias com tratamento cicloviário permanente. Além disso, existem 6.544 vagas em 75 bicicletários públicos.
Comportamento
Assim como os meios de mobilidade urbana, o comportamento da população da cidade em relação aos espaços públicos também mudou. Segundo Castro, há cerca de dez anos, as alterações na preferência dos paulistanos sobre lazer e socialização começaram a aparecer, o que refletiu no uso da cidade.
Exemplo disso é a proibição do tráfego de carros na avenida Paulista aos domingos e feriados. A medida foi aprovada pela Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal de São Paulo em 2016, por meio do programa Ruas Abertas, da prefeitura. Atualmente, fazem parte do projeto 17 vias da cidade. Entre elas está a avenida Sumaré, em Perdizes, na Zona Oeste.
Outro exemplo é o Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, que liga a Zona Oeste a Leste de São Paulo. Em fevereiro de 2018, foi aprovada a criação do Parque Municipal do Minhocão, que visa a desativação gradativa do local como via em até 30 anos.
Os grandes eventos na cidade, como a Virada Cultural e o Carnaval, também acompanham as mudanças. Entre as diferenças está a descentralização e o maior número de participantes. “O Carnaval que começou acontecendo no centro da cidade já tem demanda espalhada por bairros mais distantes”, diz.
Em 2018, o Carnaval de rua, por exemplo, reuniu 12,35 milhões de pessoas em 459 desfiles. Este ano serão 737 desfiles.
por: REBECCA EMY • SÃO PAULO
Fonte: DCI